Num mundo em que tudo vira lista e onde até o trivial é quantificado, julgado e classificado, vamos classificar algo importante para variar: Quais são os melhores navegadores para proteger a sua segurança e privacidade?
Os concorrentes
Primeiro, avaliamos os pesos-pesados: Google Chrome, o líder de mercado em termos de participação; o Edge da Microsoft, o herdeiro do agora extinto Internet Explorer; Safari, a escolha padrão para usuários da Apple; e Firefox, o único grande navegador de código aberto.
Em seguida, nós examinamos os navegadores menos populares, mas ainda assim poderosos, que afirmam priorizar a sua segurança e privacidade: Brave, Opera, e navegador Tor. Aqui está o que descobrimos.
Os melhores (e piores) navegadores para privacidade e segurança em 2024
16. Navegador Yandex
15. Microsoft Edge
14. SeaMonkey
13. Apple Safari
12. Google Chrome
11. Waterfox
10. GNU IceCat
9. Iridium
8. Opera
7. Vivaldi
6. Pale Moon
5. LibreWolf
4. Chromium
3. Brave
2. Mozilla Firefox
1. Navegador Tor
Menção honrosa: DuckDuckGo
Melhores navegadores para privacidade em 2024
16. Navegador Yandex
✗ Coleta dados do usuário
Considerado o Google da Rússia, Yandex é o motor de busca mais usado na Rússia, com mais de 50% de participação de mercado. Além de pesquisa, Yandex também oferece outros serviços similares ao Google, incluindo: correio, armazenamento em nuvem e mapas.
Os prós
O navegador Yandex tem algumas funções incorporadas incluindo: transmissão de dados sobre HTTPS em redes não seguras e proteção contra spoofing de DNS. Também é considerado leve e rápido. Onde a conectividade com a Internet é um problema, o uso da tecnologia Turbo da Oper é inestimável.
Os contras
Um estudo lançado pelo Trinity College Dublin no início de 2020 classificou o Yandex como um dos navegadores mais pobres em termos de privacidade. Junto com o Microsoft Edge, descobriu-se que o Yandex tem um problema com o compartilhamento de dados, especificamente porque que ele envia identificadores persistentes que podem ser usados para vincular solicitações a servidores back end.
Também foi descoberto que ele envia um identificador de hardware hashed para servidores back end, além de dados de navegação através da função de preenchimento automático da busca. A parte mais assustadora? O procedimento para desligar esta função é incerto.
Recomendamos este navegador? Não.
15. Microsoft Edge
✓ Baseado no Chromium
✓ Parcialmente código aberto
✗ Coleta dados do usuário
A Microsoft tem feito questão de fazer do Edge o navegador preferido dos usuários do Windows, e aposentou o Internet Explorer. Desde o seu lançamento em 2015, o Edge expandiu além do Windows 10 para mais sistemas operacionais, incluindo Mac, Android e iOS.
A Microsoft quer claramente que este navegador seja superior ao seu predecessor em termos de velocidade de carregamento de páginas, mas e quanto à sua segurança e privacidade?
Os prós
Este ano a Microsoft fez uma mudança significativa no design do Edge – desde Janeiro de 2020, o navegador é baseado no Chromium, o que significa que parte do seu código é aberto. O navegador tem seu software atualizado pelo menos uma vez por semana, consistindo principalmente em atualizações de segurança. Nunca podemos exagerar ao lembrar o quanto é importante atualizar seus aplicativos e dispositivos mesmo que seja tedioso fazê-lo. É bom ver que o Edge recebe atualizações regulares para corrigir problemas de segurança.
A Microsoft também implementou a Mudança Automática de Perfil, que deve ajudar a alternar facilmente entre as suas contas de trabalho e pessoais.
Os contras
A falha fundamental na segurança do Edge veio à tona este ano, quando pesquisadores de segurança revelaram que o Edge “envia identificadores persistentes que podem ser usados para vincular solicitações (e endereços IP/localização associados) a servidores backend”.
Uma porta-voz da empresa disse à ZDNet que “o Microsoft Edge envia dados de diagnóstico para fins de melhoria do produto, o que inclui um identificador de dispositivo.
No Windows, esse identificador permite, com um único clique, excluir os dados de diagnóstico associados ao ID do dispositivo armazenado nos servidores Microsoft a qualquer momento (a partir das configurações do Windows), algo que não é oferecido por todos os fornecedores”.
Ela acrescentou: “O Microsoft Edge pede permissão para coletar dados de diagnóstico para fins de melhoria do produto e fornece a opção de cancelá-la a qualquer momento mais tarde. Esses dados de diagnóstico podem conter informações sobre os sites que você visita. Entretanto, não são usados para rastrear seu histórico de navegação ou URLs especificamente vinculados a você”.
Independentemente disso, essa coleta de dados pode revelar muito sobre a identidade do usuário, e não se pode realmente fazer muito sobre isso.
Você pode ver mais sobre o que o Edge coleta aqui, mas o fato de que o navegador pode identificar seu dispositivo é preocupante e é melhor evitar usá-lo.
Recomendamos este navegador? Não.
14. Mozilla SeaMonkey
✓ Navegador e cliente de email em um único software
✗ Ocasionalmente consome muitos recursos
Ao contrário de outros participantes desta lista, o SeaMonkey é um conjunto completo de programas que inclui um navegador, cliente de e-mail e editor HTML WYSIWYG. É um projeto desenvolvido coletivamente, que foi originalmente baseado no agora extinto Mozilla Application Suite. O SeaMonkey foi criado em 2005 depois que o Mozilla começou a desenvolver o Firefox e o cliente de email Thunderbird.
Os prós
É um canivete suíço para navegar na Internet, concebido para ser rápido e rico em funcionalidades. Isto inclui bloqueadores de pop-ups incorporados e limpeza automática de cookies após cada sessão. Também é geralmente visto como bastante seguro.
Os contras
É bastante difícil de usar. Além disso, as atualizações de segurança devem ser feitas manualmente, o que pode ser um pouco incômodo. O SeaMonkey também pode ter alguns problemas para detectar e bloquear ransomwares.
Recomendamos este navegador? Não.
13. Apple Safari
✓ Roda páginas numa área restrita
✓ Impede o código malicioso de acessar os dados do usuário
✗ Não tem código aberto
O Safari agora só está disponível nos produtos Apple, mas por um breve período de tempo ele pôde ser encontrado em PCs. O Safari é o navegador padrão para Mac, mas como o Microsoft Edge, ele perde para o Google Chrome em popularidade.
Os prós
O Safari evita que sites suspeitos sejam carregados e lhe alerta sobre potenciais perigos ao executar páginas web em um ambiente de testes. O Safari também evita que códigos maliciosos em uma página afetem todo o navegador, ou acessem os seus dados.
Poucos anos após o recurso Prevenção de Rastreamento Inteligente (ITP) do Safari ter sido lançado, o navegador parece ter impedido os sites de rastrear seus usuários, dificultando o direcionamento dos anunciantes. Ele também ajuda a camuflar a impressão digital e evita que sites de terceiros deixem dados em seu cache por padrão, ajudando-o a permanecer anônimo online. Além disso, o Safari oferece uma série de extensões úteis para proteger a sua privacidade.
Os contras
Assim como o Chrome e o Edge, o Safari não é de código aberto, por isso não podemos escrutinar o código. As atualizações do Safari são oferecidas em intervalos muito irregulares, o que é surpreendente já que são criadas pela maior empresa de tecnologia do mundo. Quando comparado aos seus rivais, as atualizações do Safari são muito mais espaçadas. Os usuários de Mac estão indiscutivelmente expostos a menos vulnerabilidades da Internet do que os usuários de PC, mas, mesmo sendo baixa, a frequência ainda é preocupante.
Pesquisadores da equipe de Engenharia de Segurança da Informação do Google encontraram recentemente vários problemas de segurança no sistema anti-rastreamento ITP mencionado acima, alegando que o ITP realmente vaza hábitos de navegação na web dos usuários de Safari. Alguns desses problemas foram abordados em atualizações de segurança posteriores da Apple, mas isso pode não ser suficiente para eliminar suspeitas sobre o navegador.
Recomendamos este navegador? Não até vermos uma versão código aberto, e mesmo assim talvez não.
12. Google Chrome
✓ Atualizações automáticas
✓ Parcialmente código aberto
✗ Rastreia uma grande quantidade de dados de usuário
Mais de uma década se passou desde o lançamento do Google Chrome, e desde então ele se tornou o líder indiscutível em participação no segmento de navegadores, com quase 80%. Dada a sua reputação de rapidez e a prevalência dos serviços Google nas nossas vidas (pesquisa web, YouTube, Gmail, Google Docs, etc.), não é surpresa que o Chrome se tenha tornado o navegador web mais utilizado atualmente. Mas como ele funciona quando se trata da sua privacidade e segurança?
Os prós
Além de liderar os seus concorrentes em frequência de atualização e verificação de downloads nocivos, o Google atualiza automaticamente o Chrome para a última versão de seis a oito semanas, assegurando que os seus usuários estão sempre desfrutando das mais recentes funcionalidades de navegação. Parte do seu código também é de código aberto, o que permite aos usuários escrutinar e também adotar partes do seu código.
O Google também tem incentivado os hackers a encontrar vulnerabilidades em seu navegador para que a empresa possa melhorar o seu produto.
Os contras
Enquanto o navegador oferece o habitual bloqueador de pop-ups e permite que os usuários enviem um pedido de “não rastrear” junto com o tráfego do navegador (que, por sinal, faz muito pouco para impedir os sites de rastreá-lo), simplesmente não se pode ignorar que o Chrome pertence à empresa que fatura milhões ao saber tudo sobre você.
Da inscrição automática em seu navegador à uma política de histórico de localização suspeita, o Google parece estar desenvolvendo o hábito de lançar algo impopular antes de cancelá-lo em outra atualização. Existem maneiras de evitar isso, mas o Google ainda está usando o Chrome para saber mais sobre você e depois monetizar essa informação.
O Google anunciou que eventualmente forçaria cookies de terceiros a se identificarem no Chrome, mas não disse quando isso acontecerá, nem se isso realmente irá parar os rastreadores.
O Chrome também possui uma extensa biblioteca de extensões para navegador, que oferece uma gama de funcionalidades adicionais, mas ao custo de uma privacidade reduzida. Além disso, como o Chrome é um navegador de código fechado, ninguém pode abri-lo para ver o que (se existir alguma coisa) está escondido no código. Dito isto, isto não é problema se você confia na posição do Google sobre privacidade, e há também uma versão open-source do Chrome disponível.
Recomendamos este navegador? Não, a menos que você queira que o Google rastreie tudo.
11. Waterfox
✓ Sem telemetria
✓ Altamente personalizável
✗ Propriedade de uma empresa de publicidade
Como o nome sugere, o Waterfox é baseado no Firefox. A filosofia por trás do Waterfox tem o objetivo de alcançar um equilíbrio entre a privacidade e a usabilidade. Como referido no website do Waterfox: “Foco excessivo na privacidade e a Internet torna-se demasiado partida para ser utilizada. Muito pouco foco e o vazamento de dados acontece.” O Waterfox foi projetado para que somente os usuários saibam o que estão fazendo em seus navegadores.
Os prós
Como um fork do Firefox, o Waterfox é compatível com todos os add-ons e temas do Firefox. Além disso, tal como outros forks do Firefox, é facilmente personalizável e oferece uma privacidade decente.
Os contras
Desde o final de 2019, Waterfox é propriedade de uma empresa de publicidade chamada System1. O que isso significa para o navegador ainda está para ser descoberto.
Recomendamos este navegador? Não.
10. GNU IceCat
✓ Sem telemetria
✓ Melhoria na base Chromium
✗ Atualizações não são frequentes
O projeto GNUzilla IceCat é parte do Projeto GNU e foi desenvolvido como uma versão inteiramente independente do Firefox. Para esclarecer, Firefox e seu código fonte do projeto Mozilla são livres para acessar e modificar, mas há algumas limitações envolvidas que são afetadas pela terceira liberdade das Quatro Liberdades Essenciais do Software Livre.
Os prós
Como mencionado acima, IceCat é parte do Projeto GNU e, portanto, leva essa atmosfera para o navegador. O IceCat é um programa de privacidade, tem bloqueadores de anúncios, e recursos de código aberto alternativos aos habilitados por padrão do Firefox.
Os contras
Os lançamentos do IceCat parecem ser intermitentes, e a compatibilidade com add-ons e temas não é completa. Também parece haver um problema com bloatware incluído no navegador, o que apresenta um leve inconveniente para ser completamente removido.
Recomendamos este navegador? Não.
9. Iridium
✓ Sem telemetria
✓ Melhoria na base do Chromium
✗ Atualizações pouco frequentes
Iridium é um navegador baseado no Chromium que se descreve como um “navegador que protege a sua privacidade”.
Os prós
Um grande número de recursos de privacidade, incluindo: sem telemetria, cookies de terceiros bloqueados por padrão, os dados do site são excluídos no final de cada sessão, o armazenamento de senha é desativado por padrão e o preenchimento automático é desativado por padrão.
O Iridium foi projetado para ser mais seguro do que um navegador Chromium sem funcionalidades do Google e também é compatível com uma variedade de extensões Chrome. Os seus repositórios Git estão disponíveis para escrutínio público.
Os contras
Atualizações são poucas e distantes e devem ser aplicadas manualmente, o que pode ser incômodo. Também pode apresentar bugs às vezes, com problemas de compatibilidade com plugins em certos sites.
Recomendamos este navegador? Talvez.
8. Opera
✓ Bloqueador de anúncios embutido
✓ Baseado no Chromium
✗ Utilização de logs VPN embutidos
O criador do padrão web CSS, Hakon Wium Lie, desenvolveu o Opera em 1995. Desde então o navegador adotou muito do código do Chromium em seu software e agora é considerado um dos mais populares navegadores orientados para a privacidade.
Os prós
O navegador Opera tem um bloqueador de anúncios ad blocker incorporado e usa um bloqueador de rastreamento que utiliza a Lista de proteção contra o rastreamento da EasyPrivacy, que pode ajudar a proteger os usuários de anúncios e de rastreamento por anunciantes e outros sites. Parte de seu código é baseado no Chromium, que é de código aberto e, portanto, pode ser escrutinado.
Os contras
Tal como no Chrome, a janela padrão do Opera salva seus dados em cache e a sua janela privada não salva – mas você pode ajustar isto nas suas definições para que a janela privada seja a padrão do navegador.
Enquanto o Opera fornece formas de personalizar a sua privacidade e segurança, o método para proteger e privatizar a sua experiência de navegação pode não ser apreciado por aqueles mais confortáveis com navegadores que já fornecem isto por padrão.
O Opera também tem uma VPN incorporada gratuita que ele comprou em 2016. É uma adição preocupante ao navegador, pois ele rastreia a largura de banda e o uso de registros, e o próprio Opera é de propriedade de uma empresa sediada em um país conhecido por violações de privacidade. Cuidado com os navegadores.
Recomendamos este navegador? Não.
7. Vivaldi
✓ Altamente personalizável
✓ Baseado no Chromium
✗ Pequenos problemas de telemetria
Co-fundado por Jon Stephenson von Tezchner (o co-fundador e ex-CEO do Opera) o Vivaldi foi desenvolvido com os usuários avançados em mente – com uma ênfase adicional em ex-usuários do Opera que não estavam gostando das mudanças do navegador ao longo do tempo.
Os prós
Vivaldi vem pronto com bloqueadores embutidos para anúncios e rastreadores. Por padrão, o motor de busca incógnito do Vivaldi é o DuckDuckGo. É também altamente personalizável, permitindo aos usuários alterar quase todos os aspectos da interface do usuário. Como um navegador baseado no Chromium, é compatível com extensões Chrome.
Os contras
A política de privacidade do Vivaldi afirma que:
“Quando você instala o navegador Vivaldi (“Vivaldi”), a cada perfil de instalação é atribuído um ID de usuário único que é armazenado no seu computador. A Vivaldi enviará uma mensagem usando HTTPS diretamente para os nossos servidores localizados na Islândia a cada 24 horas contendo este ID, versão, arquitetura da cpu, resolução de tela e tempo desde a última mensagem.”
Para ser justo, o próximo trecho declara:
“Anonimizamos o endereço IP dos usuários do Vivaldi removendo o último octeto do endereço IP do seu cliente Vivaldi e depois armazenamos a localização aproximada resolvida após a utilização de uma pesquisa geoip local. O objetivo desta coleção é determinar o número total de usuários ativos e a sua distribuição geográfica.”.
Ainda assim…
Recomendamos este navegador? Não.
6. Pale Moon
✓ Concebido para a usabilidade
✓ Código aberto
✗ Problemas de compatibilidade
Outro fork do Firefox, o navegador web Pale Moon foi desenvolvido com foco na personalização e facilidade de uso. Ele também foi desenvolvido para suportar add-ons que não são mais suportados pelo Firefox.
Os prós
Pale Moon foi concebido com a usabilidade em mente com uma abordagem minimalista. Em outras palavras, o Pale Moon foi projetado para evitar bloatware. Além disso, como um fork do Firefox, ele é compatível com os add-ons e temas do Firefox. Também é altamente personalizável, com o seu lema sendo: “O seu navegador, o seu jeito”
Os contras
As atualizações são poucas e espaçadas. Com sua abordagem minimalista, você pode achar que o suporte para certos tipos de streaming de vídeo é um problema.
Recomendamos este navegador? Talvez. Ele pode, pelo menos, servir como um navegador extra.
5. LibreWolf
✓ Feito sob medida para a privacidade
Isso mesmo, temos outro fork do Firefox para você! O LibreWolf, como o nome indica, é um navegador voltado para privacidade, segurança e liberdade.
Os prós
O LibreWolf é um navegador bastante decente, focado na privacidade e com uma série de ótimas funcionalidades, como ausência de telemetria, bloqueio de anúncios embutido, firewall e uso de mecanismos de busca de privacidade, como DuckDuckGo, Searx, e Qwant.
Também mencionamos que ele tem grande suporte da comunidade e que é código aberto?
Os contras
Não conseguimos identificar nada de negativo.
Recomendamos este navegador? Sim!
4. Chromium
✓ Totalmente código aberto
✗ Não há builds oficiais
Desenvolvido pelo Google, o Chromium tem uma base de código que é livre e aberta, e que serve de estrutura para uma grande variedade de navegadores como o Chrome, Vivaldi, Edge, Opera e Brave. Não existe uma compilação oficial do Chromium do Google e qualquer lançamento que utilize este nome ou logotipo é feito por terceiros, como The Chromium Projects.
Os prós
O Chromium é essencialmente um Chrome desgooglezado porque não depende dos serviços web da Google. É leve, minimalista e livre de rastreadores.
Os contras
Além de alguns passos extras na instalação e configuração, não há muito sobre o Chromium que seja negativo.
Recomendamos este navegador? Se você conseguir fazer alguns ajustes aqui e ali, sim!
3. Brave
✓ Bloqueador de anúncios embutido
✓ Configurações de privacidade personalizáveis
✗ A aba Tor não atende aos padrões de privacidade do Tor
O Brave foi criado em 2016 por Brenden Eich, o antigo chefe da Mozilla que também criou o JavaScript. Embora relativamente novo em cena, o Brave tem um design minimalista, focado na privacidade e de rápido desempenho. Tendo passado de um beta perpétuo para um navegador completo, ele está pronto para nos mostrar como ele se comporta como um produto orientado para a privacidade.
Os prós
O Brave tem vários recursos que mantêm sua atividade de navegação privada, com um bloqueador de anúncios padrão que também impede que anúncios rastreiem seu comportamento online, bem como uma função para proteger sites não criptografados com HTTPS quando necessário.
As configurações de segurança do Brave permitem que você selecione os dados que deseja excluir sempre que fechar o aplicativo, bloqueie tentativas de impressão digital e impeça o carregamento de scripts. As configurações do Brave fornecem muitas maneiras de personalizar a sua experiência de navegação para ser tão segura quanto você quiser.
Em dezembro de 2018, o Brave fez uma transição completa para a base de código do Chromium, tornando mais fácil para os usuários migrarem suas extensões do Chrome- embora eles devam estar atentos aos dados que as extensões de terceiros coletam.
Os contras
A nova aba do Brave Tor pode ser privada, mas fica aquém dos padrões de privacidade do Tor com um tamanho de janela personalizável que pode ser usado para deixar impressão digital no seu navegador.
O Que é questionável
Ao mesmo tempo em que o Brave bloqueia os anúncios, ele também lançou seu programa de anúncios em abril de 2019. Isso tem atraído algumas críticas e afirmações de hipocrisia, pois coloca seus próprios anúncios em cima dos anúncios encontrados nos sites, permitindo-lhes lucrar essencialmente com os sites sem dar nada aos criadores.
A criptomoeda do Brave, chamada Token de Atenção Básica (ou BAT), permite aos usuários pagar anonimamente aos editores pelo seu conteúdo através de microdonativos e receberem uma percentagem do mesmo.
Sua OIC deixou algumas pessoas de orelha em pé, porém, até porque nos breves 30 segundos em que as moedas estavam disponíveis, 40% delas foram parar nas mãos de um grupo muito pequeno de pessoas. Inevitavelmente, isso levantou suspeitas de que as grandes agências de publicidade tinham sido os principais participantes, o que parecia ir contra ao propósito da BAT em primeiro lugar.
Um desenvolvedor do Brave contou à ExpressVPN que 300 milhões de BAT foram colocadas em um fundo de Expansão de Usuários para distribuir aos usuários do Brave mensalmente como doações gratuitas e recompensas por indicações, embora isso pareça ser um trabalho em progresso. A inclusão de uma criptomoeda em um navegador é certamente novidade, mas parece que levará algum tempo antes de funcionar como pretendido.
Recomendamos este navegador? Sim, embora tenha cuidado ao usar a sua moeda BAT.
2. Mozilla Firefox
✓ Código aberto
✓ Configurações de privacidade altamente personalizáveis
✓ Leve
De todos os navegadores apresentados neste ranking, Firefox é o único que é desenvolvido por uma organização sem fins lucrativos, Mozilla. O navegador é bem conhecido pela sua personalização e tem sido uma alternativa favorita aos seus irmãos do Google, Microsoft e Apple.
Os prós
O Firefox não é atualizado com tanta frequência quanto o Google Chrome, mas é atualizado com regularidade. Dado que a Fundação Mozilla é uma organização sem fins lucrativos, é impressionante ver seus voluntários de codificação trabalhando constantemente para garantir que o Firefox seja fornecido com as últimas funcionalidades de segurança e navegação dentro de semanas.
O Firefox oferece um conjunto de recursos de segurança que qualquer usuário da Internet irá apreciar: proteção contra phishing e malware, bloqueio de sites invadidos/falsificações da web e aviso aos usuários quando um site está tentando instalar add-ons.
O Firefox é relativamente leve, comparado aos os seus concorrentes. Seguindo as últimas tendências, o Firefox oferece”bloqueio de conteúdo,” permitindo aos usuários bloquear todos os rastreadores que o navegador detecta. O Firefox também oferece aos usuários a opção de compartimentar os seus navegadores, impedindo que plataformas como o Facebook rastreiem a sua atividade fora do Facebook.
Mas o mais importante, o Firefox é o único navegador da web amplamente utilizado que é completamente de código aberto. Qualquer pessoa pode examinar o código fonte do Firefox, certificando-se de que não existem elementos indesejáveis (como software de rastreamento) inseridos no produto final.
Enquanto o Mozilla enfatiza fortemente suas configurações padrão e o fato de que ele fornece “forte proteção de privacidade a partir do momento em que [os usuários] instalam o navegador”, você ainda pode personalizar uma lista bastante detalhada de configurações de privacidade e segurança, que incluem recursos como a capacidade de bloquear cookies e rastreadores de terceiros, e selecionar o nível de segurança que você deseja.
Os contras
Nada, na verdade. O Firefox é um navegador bastante seguro e privado, mas para isso você precisa personalizá-lo manualmente.
Recomendamos este navegador? Sim.
1. Navegador Tor
✓ Difícil de rastrear e monitorar o tráfego
✗ As forças policiais suspeitam dos usuários do Tor
Desenvolvido pelo The Tor Project em 2002 e baseado no navegador do Firefox, o navegador Tor foi construído para que os usuários pudessem acessar à Internet anonimamente através da rede Tor. Sua atividade e identidade são mascaradas pelo Tor, que codifica seu tráfego em pelo menos três camadas “enviando seus dados por uma rede distribuída de relés” selecionada a partir de milhares de computadores voluntários.
Leia: Um guia para iniciantes sobre o Tor
Os prós
A maioria das atualizações do Tor segue as correções de bugs e os patches de segurança do Firefox. As atualizações são incrivelmente importantes para evitar que alguém explore bugs e falhas de segurança em versões antigas do navegador Tor.
A privacidade do navegador Tor é muito facilitada pela sua segurança – ninguém que monitora a sua conexão pode rastrear a sua atividade na Internet, nem podem identificá-lo, a menos que você se identifique explicitamente. Além disso, o Tor não rastreia seu histórico de navegação e limpa seus cookies após cada sessão. O Tor também protege os usuários de sites que tentam acessar o histórico de navegação por impressões digitais com sua integração de NoScript. Baseado em testes de impressões digitais exclusivas do navegador, somente o Tor pode reduzir a singularidade da sua impressão digital.
Como mencionamos na nossa avaliação do navegador Tor, o processo de encaminhar os seus dados através de vários relés torna incrivelmente difícil, para quem quer que seja, rastrear você e a sua atividade. Não é completamente seguro, como provou uma operação do FBI no famoso mercado Silk Road, mas a menos que você esteja envolvido em algo de grande envergadura e ilegal na rede Tor, é improvável que os recursos sejam gastos rastreando seus hábitos de navegação.
Os contras
O navegador Tor pode, na verdade, ser seguro contra falhas: a velocidade da Internet provavelmente será afetada, pois direciona o tráfego através de três hops diferentes pela da rede Tor, e pode fazer com que alguns sites não funcionem devido ao seu recurso NoScript.
Lembre-se de que a polícia e os provedores de Internet podem ver quem usa Tor, mesmo que eles não saibam o que você está fazendo com ele. Para máxima segurança, conecte-se a uma VPN primeiro, e depois inicie o navegador.
Leia: Como combinar o Tor com uma VPN
Recomendamos este navegador? Sim. Tenha cuidado na forma como o utiliza, como com qualquer outro navegador.
Menção honrosa: DuckDuckGo
✓ Excelente privacidade
✗ Os resultados da pesquisa podem ser um pouco amplos
DuckDuckGo é um motor de busca popular, centrado na privacidade. Apesar DuckDuckDuckGo de não ser estritamente um navegador, ele oferece o plugin DuckDuckGo Privacy Essentials para Chrome (e navegadores baseados no Chromium) e Firefox (e todos os tipos de navegador relacionados) que define o DuckDuckGo como o mecanismo de busca padrão, bem como bloqueia rastreadores ocultos em sites. Adicionalmente, um navegador móvel DuckDuckGo também está disponível para Android e iOS.
Recomendamos o DuckDuckGo? Absolutamente.
O melhor navegador web é…
Tendo avaliado estes navegadores, eis o ranking deles:
- Navegador Tor
- Firefox
- Brave
- Chromium
- LibreWolf
- Pale Moon
- Vivaldi
- Opera
- GNU IceCat
- Iridium
- Waterfox
- Chrome
- Safari
- SeaMonkey
- Edge
- Yandex
É claro que existem muitos outros fatores importantes que poderíamos ter incluído, tais como a velocidade e a personalização do navegador. Mas para privacidade e segurança, o navegador Tor é a escolha da ExpressVPN entre estes navegadores populares.
O último passo para uma navegação segura e privada
Como vimos, cada um destes navegadores tem os seus respectivos pontos fortes e fracos – incluindo potencialmente o rastreamento do seu tráfego na web e a sua venda para terceiros.
Embora eles se esforcem em oferecer uma experiência de browser segura e privada, a única maneira de proteger todo o tráfego do seu dispositivo (do seu provedor de Internet, por exemplo) é usar uma VPN.
Ao invés de mexer nas configurações personalizadas do navegador, tudo o que você precisa fazer é clicar em “conectar”, e deixar a nossa VPN garantir a sua segurança e privacidade enquanto desfruta da Internet – em qualquer dispositivo .
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Comentários
O opera possui extensões ocultas que mesmo no modo privado coletam dados e não deixam ser modificadas ou removidas.
Isso pode ser visto acrescentando no item Destino após launcher.exe o comando “–show-component-extension-options” na guia Atalho da propriedade do Opera:
“C:\Program Files\Opera\launcher.exe” –show-component-extension-options
Eu uso o Brave, Firefox e Tor. Uma coisa ruim é que o Firefox tende a travar um pouco no meu PC, que é meio fraco.